Vantagens no uso da neuromodulação em relação ao uso de fármacos
- techclinpg
- 2 de set.
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Atualizado: 3 de set.

Existem algumas vantagens no uso da neuromodulação para o tratamento de transtornos como o de ansiedade e a depressão em relação ao uso dos fármacos. Iremos fazer aqui uma breve explanação a respeito deste tema.
Quando nos referimos à neuromodulação, estamos nos referindo especialmente a Estimulação Elétrica Transcraniana por Corrente Contínua (eTCC ou tDCS) e a Estimulação Transcraniana Magnética repetitiva (EMTr).
Nos Transtornos de Ansiedade e Depressivos, com frequência uma opção terapêutica é o uso de fármacos usualmente denominados de “antidepressivos”.
Um problema importante no uso de antidepressivos é a demora na resposta do paciente a estas medicações. Os pacientes podem ficar muito tempo sofrendo com os sintomas antes do efeito terapêutico dos mesmos, nos casos de ansiedade ela pode piorar no início do tratamento com esses fármacos e, em alguns casos, como quando há ideias de suicídio, o paciente não pode aguardar este tempo, sem ter a sua vida colocada em risco.
Para além disso, os antidepressivos podem causar diversos efeitos colaterais, dependendo da classe a que pertencem. Podemos citar aqui sintomas mais leves como a presença de náuseas, diarreia, sonolência, diminuição da libido, retardo na ejaculação, até sintomas mais severos, como alterações na condução cardíaca, hipertensão arterial, queda de pressão arterial e perda do equilíbrio ao levantar abruptamente, crises convulsivas, sobrecarga do fígado e interação com outros medicamentos, entre outros.
A neuromodulação apresenta um efeito mais rápido para o tratamento destes quadros clínicos. Mas na sua indicação, alguns fatores devem ser considerados.
Na EMTr o paciente não pode apresentar risco de crises convulsivas, ter placas ou metais na face e calota craniana, realizado procedimentos cirúrgicos na coluna vertebral, usar marca-passo no coração, entre outros.
Na eTCC deve ser evitado regiões com lesões de pele, estimular regiões com implantes condutores, pessoas com tumores cerebrais, presença de marca-passo no coração, cirurgias na calota craniana, entre outros.
Importante ressaltar que hoje os transtornos de ansiedade e depressivos são entendidos como transtornos que usualmente precisam de uma abordagem a longo prazo como, por exemplo, a hipertensão arterial, não excluindo que no decorrer do tratamento com neuromodulação, o paciente não precise iniciar o uso de um antidepressivo, ou tenha que futuramente repetir o tratamento com neuromodulação.
Outra abordagem que não deve ser excluída é o tratamento psicoterápico concomitante do paciente, direcionado para o tipo de transtorno de ansiedade e/ou transtorno depressivo que apresenta.
A neuromodulação também pode ser útil naqueles pacientes com resposta pobre, ou ausência de resposta à psicoterapia e ao uso de fármacos.



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